A prioridade, na investigação e nos estudos, foi dada, como não podia deixar de ser, aos fundamentos do sistema e ao respetivo funcionamento no devir da vida política regional. Na alocução proferida aquando da inauguração do espaço IDEIA (19 de Julho de 2022), o coordenador do projeto tornou claro que a designação desta nova área funcional deve ser lida “nos sentidos passivo (História Institucional, por exemplo) e ativo (análises e estudos) com vista ao aprofundamento e à prospeção de áreas sensíveis, tendo em conta não só a relação passado / presente, mas sobretudo a relação presente / futuro, sempre no âmbito do trinómio Europa, Portugal, Arquipélago no Mundo.”
O projeto IDEIA – Investigação e Divulgação de Estudos e Informação sobre a Autonomia, acrescentou, “tentará tirar partido da experiência autonómica da Madeira, mas igualmente da dos Açores (não excluindo, quando oportuno, outras experiências autonómicas, europeias e não só), aprendendo de igual modo com as respetivas histórias institucionais como também, naturalmente, com os trabalhos das respetivas comissões eventuais dedicadas ao tema (na Madeira como nos Açores) …, ambas vocacionadas ao diagnóstico e sistematização (in extenso) de todas as questões relativas às medidas e normas jurídico-regulatórias, políticas e de funcionamento institucional, e em todos os âmbitos de incidência autonómica, quer ao nível da organização política e de sistema de governo, quer ao nível eleitoral e de participação cívica, política e comunicacional, nunca excluindo os importantes aspetos da organização macro e micro territorial, quer ainda o das relações económicas e financeiras ou ainda o sensível pacote das relações institucionais na teatrocracia dos poderes, dos intro e dos exapoderes, tendo em vista uma maior compreensão ativa da autonomia política conquistada (nunca esquecendo esta dimensão), que aponte para a Consolidação, o Aprofundamento e o Necessário Reforço da Autonomia Consagrada e a Consagrar.”
A “lógica enquadradora, retórica e comunicacional que enformará sempre estes trabalhos”, disse ainda, é a de que “as Regiões Autónomas Portuguesas prolongam, aprofundam, renovam, enriquecem e revitalizam Portugal, potencializando-o no Atlântico, ainda importante interface de religação do mundo. Geograficamente africano, o nosso Arquipélago manteve com a Europa uma relação de Cultura e de História que o particularizou no Atlântico (como aos Açores) e bem assim na geografia da africanidade, no nosso caso, integrado deste modo na Cultura Ocidental. Por isso gosto de lembrar a este respeito a conhecida frase do esquecido historiador Ernesto Gonçalves (“Aqui, na Madeira”, in Portugal e a Ilha), que sublinhava que não nos tínhamos expatriado das províncias antigas do reino, porque “Connosco vinha Portugal, que prolongávamos.”
Bases de Dados
Parlamentares da Madeira
Bibliográfica
Estudo das Legislaturas ALRAM
Outros projetos complementares, alguns em colaboração, decorrem de assuntos e temas atinentes quer à História Social e Política da Região, nomeadamente ligados às grandes áreas de governação (Saúde, Trabalho, Educação... Em curso, um estudo sobre o Sistema Regional de Saúde) quer decorrentes de assuntos e temas adstritos ao Governo da República no Estado Novo, mas com grande alcance social e político nas ilhas, como é o caso da Guerra Colonial.