O primeiro debate mensal trouxe à Assembleia Legislativa da Madeira o Presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, o Vice-presidente do Governo Regional, Pedro Calado, o Secretário da Economia, Rui Barreto e o Secretário do Turismo e Cultura, Eduardo Jesus.
Pedro Calado, Vice-Presidente, comparou os números das transferências do Estado para a Madeira e para os Açores para dizer que em quatro anos a Região perdeu 100 milhões de euros, relativamente aos Açores. Contabilidade idêntica foi apresentada para as freguesias e municípios madeirenses, com uma dívida apontada de 177 milhões de euros nos últimos 4 anos, afirmou o governante.
Pedro Calado garantiu perante os deputados que o governo madeirense vai continuar a trilhar o caminho da redução dos impostos e aumentar os apoios sociais.
De crescimento económico falou o Presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, que destacou que a estratégia passa por continuar o rumo da “economia que cresce há 75 meses, superior à média nacional”, evidenciando ainda a redução dos impostos para as empresas e para as famílias.
O Grupo Parlamentar do PS fala em falta de estratégia governativa. Paulo Cafôfo, deputado socialista, pediu ao governo para enfrentar a realidade, dizendo que o crescimento económico apontado pelo executivo madeirense não corresponde ao crescimento do desemprego.
Já o Presidente do Grupo Parlamentar do PSD, Jaime Filipe Ramos, pegou nas estatísticas para afirmar que a Madeira é a região do país onde a economia mais cresceu e onde o desemprego mais baixou.
António Lopes da Fonseca, líder do Grupo Parlamentar do CDS-PP, garante que o Governo Regional vai no “bom caminho” e que medidas concretas só podem acontecer após a apresentação do Orçamento Regional, o que deve acontecer em janeiro.
O Partido Juntos Pelo Povo, pela voz de Élvio Sousa, afirmou que “a economia está a crescer, mas o governo também está a engordar”, para depois insistir na necessidade de um complemento de pensão de 50 euros aos pensionistas e reformados.
Já o deputado único do PCP, Ricardo Lume, lamentou que apesar do crescimento económico verificado, a Região tenha “o salário médio inferior em 110 euros” relativamente à média nacional.
No debate o Secretário da Economia, Rui Barreto, garantiu que o executivo madeirense vai apresentar uma proposta de adaptação da lei nacional para veículos de transporte público de passageiros, como a Uber, e que as empresas Horários do funchal e Carros de São Gonçalo não vão ser privatizadas.