O Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira visitou, hoje, a Associação de Paralisia Cerebral da Madeira. Foi a primeira deslocação inserida no projeto “Parlamento Mais Perto Social” que pretende verificar ‘in loco’ o trabalho e as dificuldades das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). José Manuel Rodrigues salienta que se trata de uma forma de “dar importância a estas instituições e se possível ampliar o papel que elas têm, e de dar a entender à sociedade o quão importante estas IPSS são para a nossa comunidade”.
A Associação de Paralisia Cerebral da Madeira (APCM) acolhe 49 pessoas no lar e desenvolve atividades ocupacionais com outros 37 utentes. Cerca de 80 colaboradores dão apoio a estes doentes, onde se incluem as equipas de enfermagem e médica, o que representa quase um funcionário por utente.
A média de incidência da paralisia cerebral (PC) na Madeira tem vindo a diminuir, à semelhança do que se passa no país. Dos 49 utentes internados no lar da APCM a maioria é do sexo masculino (36 homens e 13 mulheres). Alguns deles necessitam de ventilação, o que implica atenções redobradas ao nível da equipa de enfermagem, que funciona durante 24 horas. Para além dos cuidados de saúde, nos quais se incluem a fisioterapia e uma sala de terapia de “Snoezelen”, a APCM desenvolve um vasto leque de atividades ocupacionais. Trabalhos manuais, desporto, rádio e até conteúdos para as redes sociais são realizados pelos doentes que tentam ultrapassar as limitações para estar mais perto da sociedade. “Agora já é possível ultrapassar os 40 anos, como esperança média de vida”, explicou com satisfação Cristina Andrade, fisioterapeuta e vice-presidente da instituição.
A APCM tem um orçamento anual a rondar os 1,4 milhões de euros, cerca de 500 mil euros são produto de donativos e de receitas de eventos solidários, a restante fatia é assegurada pela Segurança Social da Madeira. Ainda assim as verbas “ficam muito aquém do que a associação precisa para chegar a mais pessoas e garantir mais apoio domiciliário”, referiu Fabíola Pereira, a presidente da APCM.
A associação ajuda utentes e famílias, maioritariamente, dos concelhos do Funchal e de Câmara de Lobos.
As visitas às IPSS da Madeira servem para o “Presidente da Assembleia e o seu gabinete contactarem as diversas instituições particulares de solidariedade social da Madeira, algumas têm raiz pública, outras, raiz privada”, referiu José Manuel Rodrigues que enalteceu ainda o “extraordinário trabalho da Associação de Paralisia Cerebral da Madeira”.
“Trata-se de conhecer a verdadeira realidade social da Região sem descurar naturalmente a pobreza que também nos afeta”, concluiu o Presidente do parlamento madeirense.
José Manuel Rodrigues visita APCM 13.01.2020