Duas recomendações na área da saúde, uma do PSD e outra do PS, foram, hoje, remetidas para discussão em plenário, pela Comissão de Saúde e Assuntos Sociais.
O PSD apresentou um projeto de resolução que recomenda ao Governo Regional para que a reestruturação dos centros de saúde, que consta no Programa de Governo, seja capaz de “garantir o alargamento dos horários de atendimento e consulta, o incremento do serviço de urgência e o reforço do tipo de respostas a valências disponíveis nos vários centros de saúde”, refere a proposta.
Já o PS sugere a “Criação de um centro especializado de referência para a prevenção e tratamento de úlcera de perna e outras feridas complexas e disponibilização de doppleres manuais e sistemas de compressão nos serviços de saúde da RAM”. Élvio Jesus, presidente da Comissão Especializada de Saúde e Assuntos Sociais, explica que “é uma problemática que é antiga, abrange uma faixa significativa da população, mas é sobretudo um tipo de problema que às vezes leva muitos anos a resolver”.
“As pessoas afetadas por este problema de saúde possuem uma qualidade de vida muito inferior às demais (dor, sono, vida social, etc.), e os custos com a saúde são muito elevados (longos períodos para cicatrizar e tratamentos frequentes, habitualmente superiores a 3 vezes por semana e, nalguns casos diários…)”. A criação de um Centro de Referência (Especializado) Regional para feridas pretende intervir nas feridas complexas. Élvio Jesus garante que “a resolução é relativamente simples, mas é preciso ter o material adequado e esse material não é assim tão caro quanto isso. O projeto de resolução visa recomendar ao governo que nos centros de saúde se disponibilize este material para que o diagnóstico seja feito cedo, por forma a minimizar o ‘peso’ que as pessoas, que têm estas feridas nas pernas, têm por vezes durante décadas”, concluiu.
Os deputados decidiram ainda adiar a discussão em plenário da Proposta de Decreto Legislativo Regional para a “Primeira alteração ao Estatuto das Instituições Particulares de Solidariedade Social”. Um compasso de espera justificado com a necessidade de “dar mais uma vez a oportunidade de auscultar os parceiros. Alguns parceiros, não obstante de terem sido contactados, não responderam”, confirmou o presidente da Comissão de Saúde e Assuntos Sociais.
Élvio Jesus, Presidente da Comissão Saúde e Assuntos Sociais 02.01.2020