Preocupado com “o que virá a seguir a esta pandemia”, do Covid-19 que não está controlada, o Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira desafia os agentes económicos e políticos para um acordo, que seja capaz de ultrapassar a crise de forma rápida e eficaz. José Manuel Rodrigues afirma que “o dia seguinte (ao fim da pandemia) será com certeza uma crise económica e uma crise social. O Governo Regional já tomou algumas medidas para apoiar a economia e as famílias, o mesmo aconteceu com o Governo Central, mas serão insuficientes perante a dimensão e aquilo que se pode antever”, disse. Perante a incerteza do futuro o presidente do principal órgão de governo próprio da Região propõe, na Madeira, “um pacto entre o governo, os partidos, as associações patronais, os sindicatos, as empresas e os trabalhadores para (…) reduzir os efeitos dessa crise económica e social”, afirmou numa declaração enviada à comunicação social.
José Manuel Rodrigues deixa ainda “uma palavra especial de amizade, de solidariedade e de coragem a todos os profissionais de saúde que estão na linha da frente a arriscarem as suas vidas para salvar outras vidas. O meu obrigado em nome de todos os madeirenses e de todos os porto-santenses”, vincou.
O Presidente do parlamento madeirense lembra que o “povo da Madeira e do Porto Santo já passou, nos últimos anos, por imensas dificuldades. Foi o 20 de fevereiro, foram os grandes incêndios, foi a crise financeira que se alastrou até 2015. Nós resistimos e nós vencemos. Mas nesta pandemia o pior pode estar para vir”, alertou por isso que “temos que estar preparados. Temos que nos proteger, ficando em casa e cumprindo as normas e as regras das autoridades de saúde e das autoridades de segurança”.
O Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, à semelhança de muitos madeirenses e porto-santenses, encontra-se a cumprir o isolamento social imposto pelas autoridades de saúde e de segurança regionais e nacionais. José Manuel Rodrigues salienta que “estar em casa e só sair para comprar aquilo que é absolutamente essencial para a nossa vida” é a “única forma de nos protegermos”. “Sei que é aborrecido, é angustiante, provoca ansiedade não nos podermos juntar, não nos podermos beijar, abraçar, cumprimentar, mas chegará esse dia quando vencermos estar pandemia. Até lá temos de ter muito cuidado porque a única vacina existente contra este vírus é ficar em casa, é ter isolamento social.”
José Manuel Rodrigues diz que “haverá dificuldades em recuperar a economia, haverá com certeza encerramento de empresas, dispensa de trabalhadores, perda de rendimentos de famílias e mais pobreza, mas se estivermos juntos será mais fácil ultrapassar essa crise. Esperança, coragem e solidariedade é aquilo que se pede neste momento a todos e a cada um de nós”, concluiu.
Declarações de José Manuel Rodrigues, Presidente da ALRAM (áudio)
Declarações de José Manuel Rodrigues, Presidente da ALRAM (vídeo)