Foi o Presidente do Governo Regional da Madeira quem deu início ao debate mensal subordinado ao tema “Educação”. Num ano “atípico”, como fez questão de referir, Miguel Albuquerque, que teceu “um rasgado elogio aos nossos professores, técnicos de educação e auxiliares educativos, pela forma empenhada, competente e altamente responsável como têm sabido enfrentar os atuais constrangimentos decorrentes da pandemia”. Elogio extensivo “aos encarregados de educação, famílias e alunos pela forma civicamente exemplar como têm colaborado e compreendido as determinações emanadas pela Direção Regional de Saúde”, disse.
Vincou ainda que “o ano letivo atípico não impediu a continuação das aprendizagens em todos os ciclos de ensino".
Destacou também, que no caso das aulas não presenciais, “sobretudo no 3.º ciclo e ensino secundário, a boa gestão dos planos, possibilitou eficácia do regime de aulas à distância, assegurando um ensino de qualidade, sem interrupções letivas, ao contrário do que aconteceu no Continente”.
Para o último período do ano escolar, o Governo Regional pretende “garantir, em condições de segurança, as aulas presenciais para os alunos do 3.º ciclo e do ensino secundário” e para tal adianta que “foi atempadamente planificada a vacinação de todos os profissionais das escolas públicas e privadas – professores, auxiliares, técnicos e demais funcionários”.
Até à Páscoa foram vacinados cerca de 3 mil e 600 e até ao dia 9 de abril serão vacinados os restantes, num total de cerca de 6 Mil pessoas.
O governo anunciou, ainda, que durante esta e na próxima semana vão ser testado mais de 40 mil alunos.
Miguel Albuquerque afirmou que a partir do dia 12 de abril o Governo madeirense vai avaliar o impacto do regresso às aulas, que implica a circulação de cerca de 58 mil pessoas.
O PS, pela voz do deputado Paulo Cafôfo, lembrou que cerca de 30% dos professores ainda estão por vacinar, temendo que uma “falsa sensação de segurança” possa pôr em causa o trabalho realizado até aqui.
Já o PSD, através da deputada Sónia Silva, destacou o investimento do executivo madeirense na transição digital que de alguma forma permitiu que a normalidade na comunidade educativa não fosse fortemente abalada pela Covid-19.
O Secretário da Educação, Ciência e Tecnologia explicou aos deputados que do universo de 52 mil alunos apenas 15 mil tiveram ensino à distância.
O líder parlamentar do CDS-PP, António Lopes da Fonseca, enalteceu os apoios que o Governo Regional dá ao ensino privado e os esforços do executivo madeirense no combate à Covid-19.
O deputado Paulo Alves, do JPP, lembrou que há escolas onde os alunos não foram testados e que isso não garante a segurança dos professores, dos próprios alunos e até dos pais.
O PCP, pela voz de Ricardo Lume, alertou para o problema da lotação dos transportes públicos, em tempo de pandemia e para a falta de profissionais para assegurar o normal funcionamento das escolas.
Reunião Plenária n.º 59 de 08.04.2021 (áudio)