A Madeira, através da Assembleia Legislativa da Madeira, vai homenagear, no próximo dia 19 de julho, os profissionais de saúde que trabalharam e trabalham na linha da frente do combate à pandemia e na vacinação contra a Covid-19, bem como todos os seus pares que na retaguarda asseguraram os restantes cuidados de saúde necessários, assim como todos os profissionais que enfrentaram a pandemia.
A homenagem, com o apoio do Hospital Particular da Madeira, Grupo HPA Saúde, será feita através de um monumento a instalar junto ao parlamento madeirense, numa cerimónia presidida pelo Senhor Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Da autoria do escultor Martim Velosa, a obra pretende “levar-nos à reflexão sobre o trabalho que milhares de profissionais de saúde desenvolveram durante este longo período, que ainda não terminou”, pode ler-se na memória descritiva do projeto.
A ameaça, muitas vezes fatal, “alterou o nosso modo de vida, sobretudo no campo dos afetos em que o abraço personifica nas relações humanas a fraternidade com o próximo”. É com base no abraço que o projeto foi desenvolvido, permitido que o visitante entre na peça escultórica e sinta “segurança”. Por outro lado, refere o escultor, “o gesto de abraçar reforça a ideia de agradecimento”.
A escultura fica completa com uma frase de um poeta madeirense, levando a “uma reflexão mais profunda sobre o trabalho incansável dos homenageados”.
Martim Velosa destaca ainda que a peça, visitável individualmente, “permite uma experiência ímpar e pessoal, um ato de agradecimento, ou momento de saudade”.
A escultura é produzida em “bronze patinado” para perdurar no tempo a nobreza do gesto de gratidão a todos os profissionais de saúde.
O monumento será colocado junto à Assembleia Legislativa da Madeira, em perfeita harmonia com a estética do edifício.
A inauguração da escultura está prevista realizar-se depois da Sessão Solene Comemorativa do Dia da Assembleia Legislativa da Madeira, a acontecer na tarde do dia 19 de julho.
O parlamento madeirense assinala este ano 45 anos de existência.
Sobre o escultor
Martim Oliveira Jardim e Silva Velosa nasceu no Funchal em 1973. É licenciado em artes plásticas/escultura pelo Instituto Superior de Arte e Design da Madeira e ao longo dos anos tem participado em inúmeras exposições individuais e coletivas, em Portugal e no Estrangeiro.
Tem vários esculturas públicas construídas, entre as quais se destacam o “Monumento ao Empresário da Madeira”, o “Monumento ao Ano Internacional do Voluntariado”, o “Monumento ao Clube Sport Marítimo”, a “Escultura Alusiva aos 20 Anos dos Cimentos Madeira”, o “Painel Alusivo ao trabalho realizado pela empresa Via Litoral”, a “Escultura de Homenagem a Winston Churchill, o “Monumento aos que morreram nas grandes obras da Madeira ‘Anjo Caído’”, situado na praça ASSICOM, em parceria com o escultor Ricardo Veloza, seu pai, e o “Monumento de Homenagem a Nelson Mandela”, a única homenagem fora da África do Sul reconhecida pelo partido que liderava, o Congresso Nacional Africano (ANC).
Martim Velosa possui ainda uma vasta obra escultórica ligada à distinção de personalidades, que tem acontecido um pouco por todo o país.
Entre os prémios mais relevantes, constam o de “Artista do ano, prémio RTP/DN no ano 2000”, o de “1.º classificado no concurso para monumento ao Empresário da Madeira”, os 1.º e 2.º lugares no concurso para o monumento referente ao “Ano Internacional do Voluntariado” e ainda o 1.º Prémio na Bienal de Malta.