Marcelo Rebelo de Sousa diz que o monumento representa a “memória, gratidão e esperança”, e salientando que um povo que tem memória “é grato e nunca perde a esperança”.
“É o primeiro caso de memória em todo o território nacional. A Madeira uma vez mais é pioneira”, vincou o Chefe do Estado, perante o monumento de autoria do escultor madeirense Martim Velosa.
Na cerimónia estiveram representados, para além das entidades oficiais ligadas à saúde, proteção civil e bombeiros, os profissionais de todos os setores que trabalharam no combate à pandemia e dos setores que continuaram a laborar apesar das limitações impostas pela pandemia.
Já o Presidente da Assembleia Legislativa da madeira afirmou que a “escultura perpetua para as gerações vindouras aquele que foi o trabalho e a coragem de muitas mulheres e homens que deram e dão o seu melhor para combater esta pandemia.
Ficará também como marco para lembrar aos vindouros que a ética e a solidariedade são valores de hoje e de sempre, praticados por pessoas de uma extraordinária dedicação aos seus concidadãos.
Foram autênticos guerreiros de uma luta contra um inimigo desconhecido, invisível e muito perigoso, que num ápice, paralisou as nossas sociedades e pôs em causa as nossas vidas.
Hoje, celebramos a Vida, mas não esquecemos as vidas que não puderam ser salvas e dirigimos uma palavra de consolo e de solidariedade à suas Famílias.
Estes são tempos em que muitos põe em causa a sua saúde para que outros possam viver”, disse.
Depois José Manuel Rodrigues agradeceu a todos. “Um Obrigado de forma muito especial aos médicos, aos enfermeiros e aos outros profissionais de Saúde por honrarem como nunca o juramento de estar sempre ao serviço dos outros.
Obrigado às forças de socorro: proteção civil, bombeiros, Cruz Vermelha, pela vossa entrega no auxílio aos cidadãos vítimas da pandemia.
Obrigado aos nossos militares que colaboraram intensamente na proteção a núcleos populacionais afetados pela Covid 19 e que continuam a apoiar o processo de vacinação.
Obrigado aos agentes das forças policiais que fiscalizaram o estado de emergência, o estado de calamidade e as normas emanadas pelas autoridades.
Obrigado às ajudantes domiciliárias, às funcionárias dos lares e outros agentes da segurança social que, em circunstâncias difíceis, asseguraram a prestação de cuidados aos nossos idosos.
Obrigado aos professores e educadores, que rapidamente se adaptaram à digitalização do ensino para poder dar aulas às nossas crianças e jovens.
Obrigado aos funcionários dos serviços públicos essenciais, como as águas, a recolha de resíduos, a energia, os transportes, bem como os das administrações públicas, que tornaram possível alguma normalidade no nosso quotidiano.
Obrigado aos agricultores e pescadores que continuaram a sua labuta para que não faltassem produtos frescos nas nossas casas.
Obrigado aos empregados dos supermercados e das mercearias que trabalharam para manter o abastecimento de bens essenciais às famílias.
Obrigado a todos os empresários e trabalhadores da hotelaria e da restauração que mantiveram os negócios abertos para satisfazer as necessidades de refeições das famílias confinadas e para alimentar que trabalhavam para suster a disseminação do vírus.
Obrigados a todos os voluntários das Instituições de Solidariedade Social que uniram esforços para ajudar ainda mais, os desprotegidos, os sem abrigo e aqueles que caíram no desemprego e na pobreza.
Obrigado a todos os investigadores, virologistas, epidemiologistas que laboraram dia e noite para garantir rastreios, fazer estudos e produzir conhecimento para facultar aos decisores a melhor informação para decidir.
Obrigado aos profissionais da comunicação social que, sem descanso, puseram-nos a par e passo do que se ia passando e que mantiveram em dia a importante missão de esclarecimento dos cidadãos.
Obrigado a todos os cidadãos que deram um exemplo de grande civismo, cumprindo as leis e adotando as regras recomendadas pelas Autoridades de Saúde”.
O Presidente da Assembleia legislativa da Madeira agradeceu ainda os contributos “de entidades públicas e privadas, para a sua intervenção no debate das grandes questões sociais, como agora acontece com a MSD Portugal, que nos apoia na realização do Parlamento com Causas à volta da pandemia e das questões da Saúde”, ao escultor Martim Velosa que “por encomenda da Assembleia Legislativa e com o apoio imediato e imprescindível do Hospital Particular da Madeira, criou este Abraço para imortalizar essa imensa solidariedade de tantos que trabalharam e arriscaram tudo para Salvar e Proteger as nossas vidas”.
No interior desta escultura, há um verso do poeta madeirense José Agostinho Baptista que traduz de forma eloquente essa realidade: “eis como se fecham os braços, como se esconde o coração”.
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