O Presidente do Governo Regional da Madeira garantiu hoje, no parlamento madeirense, que os “mercados têm reagido positivamente”, em relação à Região. “Neste momento temos 30 companhias a operar na Região, 43 aeroportos ligados, 165 mil lugares disponíveis e 949 frequências contratadas, incluindo 17 novas rotas desde junho de 2020”, revelou Miguel Albuquerque.
O governante explicou ainda que na operação de triagem e controlo nos aeroportos, iniciada em março do ano passado, foram realizados, até agora 233.788 testes.
“Outras medidas concretizadas, como a aprovação do Manual de Boas Práticas, em Maio de 2020, a primeira região de turismo a fazê-lo, a certificação contra os riscos biológicos com a adesão de 70 empresas – única região de turismo a adotar este procedimento; ou a abertura do corredor verde a partir de 4 de Janeiro de 2021, iniciativa onde a Região foi pioneira, também contribuíram decisivamente para este ambiente de confiança e segurança que, felizmente, continuamos a usufruir”, afirmou o Presidente do Governo Regional da Madeira.
Perante o agravamento da pandemia no continente a Madeira vai reforçar o controlo de entrada de visitantes, facto que legou o líder parlamentar do PSD a afirmar que “é perigoso o que está a acontecer em Lisboa”. “Isso vai colocar pressão sobre a Região", alertou Jaime Filipe Ramos.
O líder parlamentar do CDS-PP, António Lopes da Fonseca, lançou farpas ao Governo da República e ao primeiro-ministro por ter equiparado a Madeira às outras regiões do país, ditando assim a saída de Portugal do “corredor verde’ britânico”, com consequência para a Região.
O PS, pela voz do deputado Paulo Cafôfo, apontou a ausência de medidas estruturais no setor do turismo, capazes de requalificar e promover o destino. Deu o exemplo dos Açores que apostaram na qualidade.
Já Élvio Sousa, deputado do JPP, apontou o dedo ao valor elevado das “taxas aeroportuárias”, ponto em dúvida os benefícios da cedência do aeroporto da Madeira por 80 milhões de euros.
O deputado do PCP, Ricardo Lume, falou de uma redução de 43% no número de trabalhadores afetos ao turismo, para dizer que os milhões investidos para travar os impactos negativos da covid na economia não conseguiram garantir os empregos.