O Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira enalteceu, hoje, a importância do trabalho do Exército na Região. “Nos últimos anos, há um agradecimento que tem de ser feito ao Exército pelos relevantes serviços prestados à segurança de pessoas e bens na ilha da Madeira, durante a aluvião do 20 de fevereiro de 2010 e nos grandes incêndios” (os maiores foram registados em 2012 e 2016), vincou José Manuel Rodrigues no final da visita ao Comando da Zona Militar da Madeira, instalado no Palácio de São Lourenço, no Funchal.
“O exército continua a prestar bons e relevantes serviços às ilhas da Madeira e do Porto Santo”, afirmou, apontando como exemplo o recente combate à Covid-19 no arquipélago. “O Exército foi decisivo no apoio à coordenação da Unidade de Emergência em Saúde Pública, durante um ano e meio”. Estiveram envolvidos nesta operação 1.874 militares e 489 viaturas. Foram preparados mais de 145.000 kits de testagem, destinados sobretudo ao aeroporto, e realizados mais de 4.400 inquéritos.
O Presidente do Parlamento madeirense lembrou, também, que, no âmbito do Plano de Prevenção dos Incêndios, o Exército continua, junto com os Serviços de Proteção Civil e os serviços ambientais, a vigiar as nossas florestas, protegendo pessoas e bens”.
José Manuel Rodrigues visitou o Museu Militar da Madeira, instalado no Palácio de São Lourenço, que recorda a história das Forças Armadas na Região. O Presidente do primeiro órgão de Governo próprio da Região aproveitou o momento para recordar o “Brigadeiro Oudinot”, que, há mais de 200 anos, desenvolveu um trabalho importante na canalização das ribeiras do Funchal, depois da aluvião de 9 de outubro de 1803. Desafiou os madeirenses e porto-santenses a uma passagem por este espaço museológico, que mostra uma vertente menos conhecida da história do arquipélago.
Exército madeirense vigilante na Madeira e no sul do país
Durante a visita do Presidente do Parlamento madeirense, o Comandante da Zona Militar da Madeira explicou que estão destacadas 76 pessoas e 27 viaturas para as operações de proteção civil, nas quais se incluem os trabalhos de prevenção de incêndios, “inseridos no Plano de Apoio Militar de Emergência do Exército”.
Na semana passada, foi destacada “uma equipa para o continente” que fará treino operacional e vigilância de incêndios em quatro concelhos do Algarve (Monchique, Loulé, São Bartolomeu de Messines e Tavira), adiantou o Major-General Pedro Sardinha.
“Temos meios e recursos de duplo uso, que utilizamos para fins militares e para fins de apoio civil”. Para apoio a catástrofes, o Exército tem disponível um conjunto de equipamentos, como “cozinhas de campanha, latrinas, unidades de banho e tendas”, apontou.
A Zona Militar da Madeira (ZMM) conta com mais 500 militares, que são treinados para “missões ao nível operacional”, recebem formação geral comum de praças do Exército, podem fazer cursos de promoção de Cabos, de condução, de tecnologias de informação e, também, cursos de especialização de resgate em montanha.
A ZMM garante ainda “apoio médico a todas as unidades militares sediadas na Região”, rematou o Major-General Pedro Sardinha.
José Manuel Rodrigues, Presidente da ALRAM (áudio)
Pedro Sardinha, Comandante Zona Militar da Madeira (áudio)