O Presidente do Governo Regional da Madeira garantiu, hoje, no Parlamento madeirense que abril foi o melhor mês de abril dos últimos dois séculos de turismo na região. Miguel Albuquerque falava no debate mensal subordinado ao turismo, que levou, ainda, até à Assembleia Legislativa da Madeira o Secretário Regional de Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, e a Secretária Regional de Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas.
“Abril foi o melhor mês de abril de toda a nossa história de 200 anos de turismo. Crescemos, em abril de 2022, face a 2019: 25% nas dormidas, 22% nos hóspedes, 33% nos proveitos totais e 35% no RevPar”, referiu Miguel Albuquerque que explanou os dados económicos e sociais desde o início da pandemia até à atualidade.
“Este contributo do mês de abril permitiu que se registassem, em 2022 – desde janeiro a abril - 966.165 passageiros no Aeroporto da Madeira, o que representa +200% do no período homólogo de 2021.
Só de Portugal continental e dos Açores foram 450.821 passageiros, o que representa mais 200% do registado no mesmo período de 2021 e +3,5% relativamente a 2019”, explicou.
O Presidente do Governo Regional da Madeira adiantou, ainda, que “as estimativas para o verão IATA apontam para uma oferta de 723.957 lugares nos voos nacionais para a Madeira – mais 31,17% do que em 2019 (551.920 lugares)”.
Relativamente ao Porto Santo e para o Verão IATA 2022 “teremos 498 frequências que correspondem a 91.850 lugares disponibilizados pelas companhias. Serão 60.173 em voos regulares e nas operações charter outros 31.677”, afiançou.
O deputado e líder do PS, Sérgio Gonçalves, apontou a falta de “requalificação do produto”, rebatendo assim os dados apontados pelo Presidente do executivo madeirense para o verão IATA. O parlamentar socialista questionou ainda o plano de contingência dos aeroportos da Madeira e os mecanismos de compensação para os operadores aéreos para fazer face aos custos, em caso de inoperacionalidade do aeroporto.
O PSD, pela voz de Carlos Rodrigues, lamentou que o maior partido da oposição não seja capaz de reconhecer os dados apresentados para o turismo.
A mesma linha de argumentos foi seguida por António Lopes da Fonseca, que lamentou que o PS esteja a fazer “o regozijo da desgraça”.
O deputado Élvio Sousa, do JPP, gostava de ver “uma autoestrada atlântica” e trouxe para o debate a questão dos transportes marítimos entre a Madeira e o continente.
Já Ricardo Lume, parlamentar do PCP, afirmou que apesar do cenário traçado, os “trabalhadores não ganharam nada com isso” e pediu medidas para combater o “flagelo” dos baixos salários.
Reunião Plenária n.º 71 21.06.2022 (áudio)