Um dos desígnios do meu mandato tem sido abrir as portas do parlamento à cultura, afirma José Manuel Rodrigues

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O Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira defendeu, hoje, na Cimeira da Cultura e das Indústrias Criativas, realizada no auditório do Centro Cultural John dos Passos, na Ponta do Sol, que a cultura deve ser uma das principais alavancas para a aproximação entre os povos e para a construção e...

XII Legislatura, III Sessão Legislativa PresidentePresidente
Um dos desígnios do meu mandato tem sido abrir as portas do parlamento à cultura, afirma José Manuel Rodrigues
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O Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira defendeu, hoje, na Cimeira da Cultura e das Indústrias Criativas, realizada no auditório do Centro Cultural John dos Passos, na Ponta do Sol, que a cultura deve ser uma das principais alavancas para a aproximação entre os povos e para a construção e preservação da memória. José Manuel Rodrigues proferiu a intervenção de encerramento, logo após o término das intervenções de fundo, pelas vozes do Ministro de Turismo e Artesanato da Guiné Bissau, Fernando Vaz, que, na impossibilidade de estar presente, por motivos pessoais, deixou a sua mensagem num vídeo que foi exibido durante o encontro, e do Secretário Regional de Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, que se debruçaram sobre a "Agenda de Transformação Atlântica através da Cultura e das Indústrias Criativas". 

O Presidente do Parlamento madeirense disse ter a convicção de que a cultura assume um papel fundamental e determinante na arquitetura identitária de um povo, sendo através da experiência cultural que conseguimos alcançar um conhecimento mais profundo do mundo e criar e sedimentar laços entre os povos. "É pela cultura que nos distinguimos; é pela Cultura que nos aproximamos.", afirmou, notando que "há um mar de oportunidades e que temos muito por onde viajar e abrir novos caminhos no encontro das nossas culturas." O líder do primeiro órgão de governo próprio da Região não tem dúvidas de que a aposta neste setor deve ser incisiva e defendeu mesmo que "é necessária uma nova dinâmica, que passa por um maior relacionamento político entre governos e parlamentos, a qual deverá assentar, sobretudo, numa maior aproximação dos nossos países e regiões", mas também numa "maior ligação das indústrias criativas ao turismo, tornando a cultura, em todos os seus níveis, desde o património às artes, numa mais-valia económica."

José Manuel Rodrigues concluiu lembrando que a economia criativa impulsiona a criação de emprego e de riqueza, contribuindo para a redução da pobreza e das desigualdades sociais, devendo ser, também, encarada como "fator de Inclusão social", e clamou, ainda, por um papel mais ativo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa na estratégia de aproximação através da cultura. 

A sessão culminou com uma homenagem à escultora madeirense Manuela Aranha, figura incontornável das artes e da cultura na Região Autónoma da Madeira, inclusive enquanto diretora regional dos Assuntos Culturais (antiga DRAC), conforme fez questão de referir José Manuel Rodrigues, reconhecendo o seu talento artístico e o seu olhar sobre a causa cultural, sem esquecer de frisar que se deve à escultora o facto de a cultura popular ter saído do ostracismo a que, durante muito tempo, a condenaram. 

Eduardo Jesus aproveitou a ocasião, e a presença do Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira no evento, para elogiar a aposta do Parlamento nos projetos culturais, relevando que "nunca aquela casa esteve tão aberta à cultura" e, nessa senda, desafiou os presentes a visitarem a exposição da artista plástica Teresa Gonçalves Lobo, patente na Assembleia Legislativa até ao próximo dia 31 de julho. 

A Cimeira da Cultura e das Indústrias Criativas é uma iniciativa de âmbito internacional, promovida pela Associação das Indústrias Criativas do Atlântico, com o alto patrocínio do Governo Regional da Madeira e dos países convidados, Portugal (Ilha da Madeira), Angola, Guiné Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor, e prima por uma narrativa assente nos testemunhos dos oradores, que sobem ao palco para partilhar, entre si e com o público, as suas experiências enquanto criadores, empreendedores, investigadores, agentes e dirigentes culturais. Esta edição contou com os contributos de Namalimba Coelho, João Branco, Adelino da Costa, Kwame Sousa, Nuno Barcelos, João Paulo do Carmo e Dilen Magan. A moderação esteve a cargo do diretor do Diário de Notícias da Madeira, Ricardo Miguel Oliveira.

José Manuel Rodrigues, Presidente ALRAM (áudio)

 

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