Pobreza deu mote a debate potestativo no Parlamento madeirense

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A Assembleia Legislativa da Madeira, contou esta manhã, com a presença da Secretária Regional da inclusão e da cidadania, Rita Andrade, no debate potestativo requerido pelo Grupo Parlamentar do Partido Socialista, “A Pobreza na Região Autónoma da Madeira”. A Secretária Regional começou por referir...

XII Legislatura, III Sessão Legislativa PlenárioPlenário
Pobreza deu mote a debate potestativo no Parlamento madeirense
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A Assembleia Legislativa da Madeira, contou esta manhã, com a presença da Secretária Regional da inclusão e da cidadania, Rita Andrade, no debate potestativo requerido pelo Grupo Parlamentar do Partido Socialista, “A Pobreza na Região Autónoma da Madeira”.

A Secretária Regional começou por referir que a pobreza “não pode ser uma arma política, mas sim um objetivo de todos”, e garantiu que “o Governo Regional assume o combate à pobreza como um dos seus grandes desígnios”, através da concretização das medidas que constam da “Estratégia Regional de Inclusão Social e Combate à pobreza”.

Rita Andrade lembrou ainda que “os riscos de pobreza aumentaram no país e em todas as regiões do território continental, enquanto que nas duas Regiões Autónomas diminuíram”, assegurando, desta forma, que as políticas regionais são assertivas. O Governo Regional tem vindo gradualmente a investir na área social, na saúde, na educação, na criação de emprego, e no melhoramento das infraestruturas, que reforçam a qualidade de vida dos madeirenses e porto santenses.

O líder parlamentar do Partido Socialista, Rui Caetano, reiterou que “a forma como encaramos a pobreza define a nossa forma de vida”. O deputado Socialista afirmou que a maioria PSD/CDS “opta pela conhecida narrativa negacionista e de propaganda”, vincando que “a pobreza resulta do modelo de desenvolvimento que criou desigualdades sociais enormes”.

A deputada do PSD, Rubina Leal, apresentou números para contrariar o cenário delineado pela oposição, recordando, que “temos a terceira região do país com menor desigualdade salarial, temos a taxa de médicos e enfermeiros mais alta do país”.

A Secretária Regional de inclusão social, Rita Andrade reagiu alegando que “a oposição continua a querer ver numa visão sempre negativa, quando há tantos dados positivos”, fortalecendo alguns dos dados deixados pela deputada social democrata e recordando o período difícil atravessado pela Região, à semelhança de todo o mundo, nos picos da pandemia.

Élvio Sousa, líder do grupo parlamentar do JPP, considerou que o principal problema no combate à pobreza é a falta de informação sobre “a raiz do problema”. Garantiu ainda, que, “sem crescimento e sem diversificação da economia, não há emprego, e sem emprego a pobreza persistirá”.

O deputado único do PCP, na Assembleia Legislativa da Madeira, Ricardo Lume, reconheceu que “existem vários planos e programas para combater a pobreza na Região, mas que parecem tardar”.  Evidenciou números da precariedade laboral e dos baixos salários, que mostram que a precariedade aumentou e os salários diminuíram, afirmando que “no primeiro trimestre de 2021, o salário médio da Região, era de 903 euros, enquanto que um ano mais tarde, baixou para 875 euros.”

Já Lopes de Afonseca deputado do CDS/PP, apontou ao Partido Socialista uma “incapacidade estrutural e governamental” reveladora do “que podia ser, se a Região se fosse governada pelo PS”, concluindo que debate potestativo evidenciou esta “incapacidade”.

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