A redução da natalidade é uma realidade que urge combater com novas políticas e com compromissos

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Decorreu hoje, no Salão Nobre da Assembleia Legislativa da Madeira, e por ocasião do Dia Internacional da Mulher, a conferência subordinada ao tema “As Mulheres e a Maternidade: que caminhos?”. Esta iniciativa, inserida no âmbito do ‘Parlamento com Causas’, contou com casa cheia para ouvir as...

XII Legislatura, III Sessão Legislativa ConferênciaConferência
A redução da natalidade é uma realidade que urge combater com novas políticas e com compromissos
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Decorreu hoje, no Salão Nobre da Assembleia Legislativa da Madeira, e por ocasião do Dia Internacional da Mulher, a conferência subordinada ao tema “As Mulheres e a Maternidade: que caminhos?”.

Esta iniciativa, inserida no âmbito do ‘Parlamento com Causas’, contou com casa cheia para ouvir as alocuções das oradoras convidadas, Professora Doutora Cristina Santos Pinheiro e da Professora Doutora Rita Brazão de Freitas. Coube a Rubina Leal, Vice-Presidente do Parlamento Madeirense, moderar a conferência que se iniciou com uma intervenção do Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, que referiu que um dos principais problemas do país e da Madeira em particular, é o da demografia. Admitiu, ainda, que este não é assunto que faça ganhar votos, mas afirmou que estamos a comprometer o nosso futuro.

A primeira oradora a intervir, Cristina Santos Pinheiro, abordou os estereótipos sobre a mulher ao longo do tempo e como ainda afetam negativamente as questões relacionadas com a maternidade e a fecundidade, trazendo um conjunto de reflexões sobre como se poderá inverter o cenário atual. Por sua vez, Rita Brazão de Freitas, apresentou os indicadores referentes à fecundidade na nossa Região, demonstrado que existe uma elevada percentagem de mulheres madeirenses que desejariam, a rondar os 60%, ter dois ou mais filhos, mas que não conseguem concretizar esse seu anseio. Abordou ainda os diferentes aspetos que as mulheres na nossa Região apontam como fundamentais para se ter mais filhos, como por exemplo a flexibilização do horário laboral, o alargamento da rede de creches, ou os incentivos fiscais a quem tenha mais filhos.

Depois de um momento de intenso e participado debate, Rubina Leal, encerrou a conferência alertando que caminhamos de uma forma silenciosa na direção de um inverno demográfico. Afirmou ainda que é imperativo reconhecer que se não dinamizarmos políticas públicas que permitam inverter este cenário e fomentar a disponibilidade, em mulheres e homens, de ter mais filhos, a própria sustentabilidade da sociedade madeirense estará em causa.

Uma política de natalidade com efeitos estruturais e de longo prazo, só se consegue com vontade e compromisso.

Conferência “As Mulheres e a Maternidade: que caminhos?” (áudio)
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