Mulheres consomem menos substâncias psicoativas

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A Comissão Especializada Permanente de Saúde e Assuntos Sociais ouviu, esta tarde, o Diretor-Gerente da Casa de Saúde Câmara Pestana, Ricardo Jorge Silva Gomes, sobre o Projeto de Resolução, do PS, que “Recomenda ao Governo Regional a criação de uma comunidade terapêutica de reinserção...

XII Legislatura, IV Sessão Legislativa
Mulheres consomem menos substâncias psicoativas
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A Comissão Especializada Permanente de Saúde e Assuntos Sociais ouviu, esta tarde, o Diretor-Gerente da Casa de Saúde Câmara Pestana, Ricardo Jorge Silva Gomes, sobre o Projeto de Resolução, do PS, que “Recomenda ao Governo Regional a criação de uma comunidade terapêutica de reinserção social”.

Ricardo Gomes afirmou que em nada se opõe ao Projeto de Resolução do Partido Socialista, acreditando ser algo positivo para a Região. “Sentimos que é uma necessidade devido ao aumento de casos nos últimos anos, com consumos de novas substâncias psicoativas em constante aparecimento, sendo necessária uma resposta e um maior reforço, uma vez que se trata de um problema que cada vez evidente para todos”, vincou.

A Casa de Saúde Câmara Pestana tem apenas utentes do sexo feminino. “Junto das mulheres o consumo é menor, em relação aos homens. Nos últimos dois ou três anos, houve um acréscimo pouco significativo de aumento de internamentos de mulheres. A percentagem de internamentos de utentes devido ao consumo de substâncias psicoativas ronda os 12% nestes últimos anos”, reforçou Ricardo Gomes.

O Diretor-Gerente da Casa de Saúde Câmara Pestana lembrou que “todos os utentes que passem numa comunidade terapêutica têm que passar por livre e espontânea vontade, têm de desejar ter o tratamento adequado e fazer uma primeira fase de habituação nas casas de saúde. Todas as pessoas que são encaminhadas para as casas de saúde já são de uma perspetiva mais estabilizada a nível de consumos, querendo o internamento.”

Ricardo Gomes enalteceu ainda o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) da Região, ao nível de reinserção social, no entanto afirma que é necessário ir mais além, com um trabalho continuado onde tem que existir tratamento focado no que toca aos casos de reinserção social.

“O trabalho de reinserção social existe no pós-tratamento e é uma fase complicada da saúde mental. Os utentes devidamente reabilitados precisam de uma linha direta, de apoio contínuo e de fácil acesso que faça esta reinserção”, concluiu.

 

5ª CE-Audição Ricardo Gomes 07.11.2022 (áudio)
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