RTP faz Reset a pensar nas novas gerações

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O Presidente do Conselho de Administração da RTP revelou, ontem, que a empresa pública está a desenvolver um projeto para ir ao encontro dos hábitos informativos e de entretenimento das novas gerações. O desenvolvimento do projeto Reset pretende “conservar os nossos espectadores fiéis e alcançar as...

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O Presidente do Conselho de Administração da RTP revelou, ontem, que a empresa pública está a desenvolver um projeto para ir ao encontro dos hábitos informativos e de entretenimento das novas gerações.

O desenvolvimento do projeto Reset pretende “conservar os nossos espectadores fiéis e alcançar as novas gerações, através de programas específicos desenvolvidos para elas”, explicou Nicolau Santos na apresentação do livro “50 Anos RTP Madeira”, uma obra que assinala o meio século da presença do canal público na Região.

A RTP projeta desenvolver “informação específica desenvolvida para as novas gerações nas novas plataformas, precisamente nos tablets, nas redes sociais”, e em todas as áreas em que as novas gerações hoje se informam. É aí que nós procuramos estar”, vincou.

Nicolau Santos interrogou-se sobre os desafios que se colocam ao serviço público de televisão. “Hoje em dia a pergunta que se põe é todos os que trabalham na RTP têm paixão pelo que fazem na RTP? Todos os que veem a RTP têm paixão pela RTP? Todos os decisores políticos, todos os partidos têm paixão pela RTP? Querem ainda um serviço público de media? E os cidadãos estão dispostos a pagar por este serviço público de media? Acho que esta é uma interrogação que tem de ser colocada e nós temos de dar a resposta”, concluiu.

Já o Secretário Regional de Turismo e Cultura salientou que o livro, apresentado esta quarta-feira, “é muito mais do que um registo histórico”. É um contributo para a memória e, fundamentalmente, uma homenagem a todos os dirigentes, a todos os jornalistas, os colaboradores e os técnicos que fizeram este enorme percurso de meio século desta importante casa. Agradecer é reconhecer e é uma forma de cultivar este registo que também é memória”, disse.

Eduardo Jesus vincou a relação que existe entre “a RTP Madeira e o poder Autonómico, na informação, no debate, na opinião, na abertura de espaço para uma interação, na dinâmica política e partidária e no envolvimento da população na construção de todo o processo autonómico. Imagine-se o que era construir a Autonomia nesta Região sem um órgão de comunicação como a RTP Madeira? Com certeza que era muito diferente”, reforçou.

O Secretário Regional de Turismo e Cultura enalteceu o papel da RTP na “democratização da informação” e a sua relação com “a diáspora madeirense”, que permite entusiasmar uma participação de todas as pessoas que estão ausentes fisicamente da Madeira, permitindo que o sentimento ilhéu possa ser cultivado à distância, através da RTP Madeira”.

O Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, que fez o prefácio do livro, começou por referir que nesta obra “demonstra-se que a nossa televisão fez parte do nosso processo de crescimento enquanto povo que aspirava e conquistou o comando do seu próprio destino; pelos seus ecrãs passaram os grandes acontecimentos da instauração da Democracia, da Liberdade e da Autonomia”.

“A RTP Madeira fez parte e ajudou a consolidar o próprio processo autonómico e foi, diga-se sem complexos, um instrumento da própria luta de afirmação e de ampliação da Autonomia perante Lisboa”, referiu José Manuel Rodrigues.

O Presidente do Parlamento madeirense deslindou algumas memórias, bem-humoradas, da RTP Madeira, na qual foi jornalista. “Nos primeiros anos da Autonomia, recordo-me de ir a determinadas inaugurações em que quase ninguém, ainda, conhecia o então Presidente do Governo, que tinha assumido funções recentemente, o Doutor Alberto João Jardim, mas toda a gente reconhecia a senhora da televisão, a Maria Luísa”.

“A RTP, com o seu serviço público, contribuiu também para reforçar a unidade nacional, dando a conhecer a todos os portugueses os seus irmãos ilhéus, até aí uns ilustres desconhecidos para a maioria, apesar do nosso papel essencial na plataforma das descobertas e da nossa ação decisiva naquilo que hoje se classifica como primeira globalização”, vincou José Manuel Rodrigues.

“O livro demonstra a importância da RTP na Madeira, na História recente da Madeira e, nos seus arquivos, recolhem-se as imagens dos grandes acontecimentos deste meio século. Mas este livro também vem desfazer equívocos quanto à necessidade de robustecer a produção e a informação do serviço público de televisão na Madeira.

É verdade que, hoje, já não somos o único canal, uma vez que os telespectadores têm à sua disposição uma multiplicidade quase interminável de canais e de plataformas de informação e de entretenimento, mas é igualmente certo que quando os madeirenses necessitam de saber notícias da sua terra, quando precisam de aprofundar assuntos da Região, quando querem conhecer os novos talentos das ilhas, quando pretendem conhecer melhor a cultura do arquipélago, ligam-se à RTP Madeira e sentem que esta é a sua televisão.

A RTP Madeira é um dos pilares da identidade insular e tenho a convicção de que a Autonomia não seria a mesma sem a nossa televisão”, rematou o Presidente do Parlamento madeirense.

Os autores, o cenógrafo António Ferreira e o jornalista Virgílio Nóbrega, salientaram que a obra “não pretende ser estudo científico, mas sim constituir-se como um contributo para a história do serviço público de televisão nesta região insular, nascido a 6 de agosto de 1972”.

“Este canal (RTP Madeira) reforçou a identidade madeirense, a “madeirensidade”, e permitiu aumentar o pensamento crítico aos seus habitantes.

Revelando a diversidade de conhecimento e de pensamento, este canal, ofereceu aos cidadãos instrumentos de reflexão que ajudaram a suportar as tomadas de decisão, uma das mais-valias para a construção de uma sociedade mais justa, equitativa e democrática. Aqui está retratado o melhor de nós, o melhor da RTP Madeira, o melhor dos madeirenses e porto-santenses”, afirmou o jornalista.

“O livro, que hoje tornamos público, se por um lado expressa o agradecimento aos milhares de madeirenses e porto-santenses que passaram por esta televisão como convidados, que com o seu conhecimento contribuíram para o serviço público, por outro lado é um tributo às centenas de profissionais, que ao logo destes 50 anos fizeram as emissões televisivas, muitas vezes com sacrifícios pessoais e familiares”.

“50 Anos RTP Madeira” é uma obra editada com o apoio da RTP e da Secretaria Regional de Turismo e Cultura. Retrata os principais programas e os principais protagonistas da história da televisão regional, em 247 páginas. A história do meio século da RTP Madeira é ilustrada por 472 fotografias e 181 sinopses.

Em 50 anos o canal público de televisão regional conheceu 12 diretores.

Apresentação livro 50 Anos RTP Madeira (áudio)
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