Presidente do Grupo Sousa recusa ideias de favorecimento e de monopólio

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O Presidente do Conselho de Administração do Grupo Sousa rejeita ter havido qualquer favorecimento, por parte do Governo Regional, ao grupo que dirige, e recusou a ideia de haja monopólio em torno das operações portuárias na Região. Luís Miguel de Sousa foi ouvido, esta tarde, na Comissão...

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Presidente do Grupo Sousa recusa ideias de favorecimento e de monopólio
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O Presidente do Conselho de Administração do Grupo Sousa rejeita ter havido qualquer favorecimento, por parte do Governo Regional, ao grupo que dirige, e recusou a ideia de haja monopólio em torno das operações portuárias na Região.

Luís Miguel de Sousa foi ouvido, esta tarde, na Comissão Parlamentar de Inquérito sobre «O favorecimento dos grupos económicos pelo Governo Regional, pelo Presidente do Governo Regional e Secretários Regionais e “obras inventadas”, em face da confissão do ex-Secretário Regional Sérgio Marques, em declarações ao Diário de Notícias,...» [de Lisboa] «…suscetível de configurar a prática de diversos crimes».

O empresário começou por responder às questões colocadas pelo deputado Sérgio Gonçalves, do PS, tendo garantido nada saber sobre a saída de Eduardo Jesus do Governo, em 2017, numa altura em que o Grupo Sousa colocou o executivo madeirense em tribunal para travar a alteração do regime de funcionamento da operação portuária.

Luís Miguel de Sousa considera que a opinião do antigo deputado Sérgio Marques, na reportagem ao Diário de Notícias de Lisboa, está a ser extremamente valorizada, garantindo aos deputados madeirenses que o único ponto de contacto que tem com o Governo Regional é apenas através do contrato de concessão da Porto Santo Line. “O Grupo Sousa não vende nada ao governo, nem compra nada ao governo”, rematou.

“Nunca exerci pressões sobre seja quem for, no exercício das suas funções. A minha relação com o Governo Regional foi apenas na concessão do serviço público entre a Madeira e o Porto Santo”, afirmou em resposta à deputada do CDS-PP Ana Cristina Monteiro.

Sobre os custos de operação portuária referiu que o porto do Caniçal é o oitavo porto mais barato do país, entre os 11 portos portugueses analisados em 2018, e que a realidade não se alterou muito nestes últimos anos.

Ricardo Lume do PCP falou de monopólio, uma ideia refutada por Luís Miguel de Sousa. O empresário alegou que o argumento não só deturpa a realidade e como influencia a opinião pública pela negativa. “Não aceito que se chame monopólio a uma operação de mercado aberto”, afirmou.

Justificou o fracasso da linha ferry para o continente com a falta de passageiros. “O Governo Regional investiu três milhões de euros para 12 viagens e apenas viajaram 5.000 pessoas, a 30 euros”.

O Presidente do Conselho de Administração do Grupo Sousa condenou o clima de suspeição contínua sobre os empresários. “Ao contrário do que Sérgio Marques diz, devia ser motivo de orgulho ter os grandes grupos que a Madeira tem”.  

Amanhã, quarta-feira, 1 de março, pelas 15 horas, os deputados vão ouvir o Presidente do Conselho de Administração do Grupo AFA, Avelino Farinha.

A comissão de inquérito é presidida por Adolfo Brazão, deputado do PSD, tem como relatora Clara Tiago, do PSD, o vice-presidente é Rui Caetano, deputado do PS, e o secretário deste grupo de trabalho é Victor Freitas, deputado do PS.

 

Veja aqui a audição: https://fb.watch/iZ-PANy7bK/

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