Os deputados do PSD e do CDS-PP recusaram dois pedidos de audição apresentados pelo PS e pelo PCP na “Comissão de Inquérito ao favorecimento de grupos económicos e obras inventadas”.
Os dois partidos da oposição tiveram em comum a solicitação para ouvir Alberto João Jardim.
“Era importante neste momento inquirir quem teve responsabilidades governativas na nossa Região antes de 2015”, referiu o deputado do PCP. “Falou-se das obras que foram construídas no regime jardinista, das obras inúteis, de obras inventadas ou berbicachos, mas também foi referido que Alberto João Jardim teve um papel determinante na formação do governo a partir de 2017. Nesse sentido, era importante podermos ouvir o ex-governante, o Dr. Alberto João Jardim”, justificou Ricardo Lume, até porque “o próprio já manifestou disponibilidade para vir a esta comissão”, disse.
Além de Alberto João Jardim, o PS queria ouvir mais 9 personalidades: Paulo Prada, Miguel de Sousa, Jaime Ramos, João Guilherme da Costa, José Prada, Francisco Costa, Pedro Calado, Eduardo Jesus e Dionísio Pestana.
O líder parlamentar do PS afirmou ser “importante ouvir estas pessoas devido às declarações que já foram feitas pelos empresários e pelo Dr. Sérgio Marques”, na comissão. Rui Caetano vincou que PS entregou, também, dois requerimentos potestativos a solicitar documentos que considera essenciais para a avaliação que está a ser realizada. “Faltam documentos na área da educação, do ambiente e do turismo para saber se há acordos extrajudiciais ou não”, aclarou o deputado socialista.
A Comissão de Inquérito já ouviu os empresários Luís Miguel de Sousa, administrador do Grupo Sousa, e Avelino Farinha, administrador do grupo AFA, assim como Sérgio Marques, autor da entrevista ao Diário de Notícias de Lisboa que deu origem às audições.
O Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, respondeu por escrito aos deputados madeirenses desta comissão.
Comissão de Inquérito ao favorecimento de grupo económicos e obras inventadas 23MAR2023 (áudio)