O Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira participou, esta sexta-feira, na cerimónia de abertura da 49.ª Feira do Livro do Funchal, que teve lugar no Foyer do Teatro Municipal Baltazar Dias, e contou com a presença do Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva. José Manuel Rodrigues começou por elogiar a aposta incisiva na cultura, por parte do executivo da Câmara Municipal do Funchal, cuja "dinâmica cultural" tem contribuído para "democratizar a cultura", em várias frentes, afirmou, sublinhando que esta dinâmica cultural, desenvolvida por "uma equipa fantástica", liderada pelo atual Presidente da autarquia, Pedro Calado, constitui um marco que deve ser reconhecido. "Somos, hoje, uma cidade que respira cultura, e isso deve-se a si, Senhor Presidente da Câmara do Funchal, e à sua equipa fantástica", disse, sem esquecer de felicitar o Governo Regional, "pelo impulso que tem dado à cultura da Madeira, quer através da dinamização da Biblioteca e do Arquivo Regional, com novas edições e iniciativas culturais, quer com a criação de novos museus na Madeira e no Porto Santo, bem como através da recuperação do património, de que são bons exemplos a Sé do Funchal e o Convento de Santa Clara, e ainda através do apoio que tem dado às indústrias culturais."
O líder do primeiro órgão de Governo da Região fez questão de vincar que a Feira do Livro é um projeto que não se esgota na apresentação de novas edições, uma vez que, usando a literatura como mote, convoca para o espaço público diversas linguagens artísticas, consubstanciando-se, assim, numa iniciativa de grande completude artístico-cultural, digna de saudar. "Talvez o maior poder seja o poder da criação, o poder dos criadores.", notou o Presidente do parlamento madeirense, na sua intervenção, proferida diante do Ministro da Cultura, do Representante da República para a Região Autónoma da Madeira, Ireneu Cabral Barreto, e do Presidente da Câmara Municipal do Funchal.
José Manuel Rodrigues dirigiu palavras igualmente elogiosas a Pedro Adão e Silva, pela forma como tem desempenhado as suas funções ao serviço do Estado português, promovendo "a cooperação institucional entre o poder central, o poder regional e o poder municipal", sem negligenciar "o poder da criação". "O seu objetivo, Senhor Ministro, de levar a cultura a todo o país é um objetivo nobre.", concluiu, lembrando que "o património material e imaterial é aquilo que nos distingue e é essa identidade e essa memória que temos de valorizar, preservar e robustecer. Aquilo que fundamenta a nossa Autonomia é a descontinuidade geográfica; a insularidade é a última periferia, mas é também a nossa identidade cultural."
José Manuel Rodrigues 24Mar2023 (áudio)