A Assembleia Legislativa da Madeira é um dos palcos escolhidos para apresentação dos trabalhos de investigação, de exposições, de música e de teatro que assinalam os 50 anos do 25 de Abril, elaborados pelos alunos da Escola Básica e Secundária Ângelo Augusto da Silva. A parceira com o Parlamento madeirense foi acertada, esta manhã, após uma audiência concedida pelo Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira aos membros da equipa de trabalho EDA 50 (Escolas à Descoberta de Abril).
Este estabelecimento de ensino foi convidado pela Comissão Nacional de Educação para assinalar os 50 anos do 25 de Abril, não só junto da comunidade educativa madeirense, mas também na comunidade alargada onde se insere.
No ano passado os alunos e os professores recolheram, através da técnica de entrevista, “depoimentos de várias pessoas que estiveram envolvidas na guerra do ultramar e que têm recordações de momentos do antes e do depois do 25 de Abril”, começou por explicar Agostinho Lopes, professor e porta-voz da equipa EDA 50 na Madeira. “A ideia deste projeto é trabalhar o antes, o durante e o depois” daquela data que ficou conhecida como Revolução dos Cravos. As conclusões da investigação serão tornadas públicas na escola e noutros espaços públicos, como no Parlamento madeirense.
“O objetivo é alargar à comunidade o trabalho já feito, trazendo para a rua muito do que está a ser realizado”, referiu Agostinho Lopes, de modo a “compreender como é que o 25 de abril foi vivido em diferentes regiões do país”.
O projeto EDA 50 junta 50 escolas de Portugal continental e ilhas. Além das atividades já agendadas para o dia 25 de Abril, em todos os dias 25 acontecem iniciativas na Escola Básica e Secundária Ângelo Augusto da Silva, que pretendem sensibilizar os alunos e a comunidade em geral para o papel desta data histórica.
A parceira com a Assembleia Legislativa da Madeira é justificada, ainda, com a importância da compreensão da questão autonómica, que após o 25 de Abril “ganhou uma nova força”.
A escola madeirense está a promover aulas abertas, exposições, pinturas, conferências e peças de teatro que dão a conhecer os factos mais marcantes da história de Portugal e das regiões ultramarinas.
O trabalho da EDA 50, na Madeira, é coordenado por seis professores e envolve quase todos os alunos da Escola Básica e Secundária Ângelo Augusto da Silva, em especial a partir do 9.º ano de escolaridade, “onde os temas do 25 de Abril, deste período da história, são mais trabalhados”, explicou o docente.
Agostinho Lopes, Professor (áudio)