Incêndios: Sindicato Nacional da Proteção Civil aponta irresponsabilidade no combate inicial

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O Secretário-Geral do Sindicato Nacional de Proteção Civil (SNPC) afirmou, hoje, no Parlamento madeirense, que houve “irresponsabilidade no ataque inicial ao incêndio” de agosto deste ano. “O fogo tem de ser logo apagado na sua nascença, caso contrário torna-se num incêndio e numa tragédia”, disse...

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Incêndios: Sindicato Nacional da Proteção Civil aponta irresponsabilidade no combate inicial
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O Secretário-Geral do Sindicato Nacional de Proteção Civil (SNPC) afirmou, hoje, no Parlamento madeirense, que houve “irresponsabilidade no ataque inicial ao incêndio” de agosto deste ano. “O fogo tem de ser logo apagado na sua nascença, caso contrário torna-se num incêndio e numa tragédia”, disse José Carlos da Costa Velho na audição realizada pela Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o «Apuramento de responsabilidades políticas no combate aos incêndios ocorridos entre o dia 14 e 26 de agosto». Destacou que a “primeira intervenção tem de ser feita nos primeiros minutos, de forma musculada, e isso não foi feito”.

O Secretário-Geral do SNPC criticou, ainda, “a teimosia inicial por não ter sido pedida ajuda externa”, considerando que não houve uma resposta adequada ao que aconteceu no mês de agosto deste ano. “O que é preciso é que consigamos aprender com os erros do passado. Não aprendemos com os três grandes incêndios dos últimos seis anos, na Madeira”, salientou.

Costa Velho lamentou a não audição dos especialistas, durante o último grande incêndio” e apontou “incompetência e falta de liderança no processo”. Pediu ao Governo Regional uma maior “aposta na Proteção Civil, que reconheça o valor dos bombeiros”.

O dirigente do Sindicato Nacional de Proteção Civil considera que “há muito coisa a fazer”, a começar pela “criação de um plano integrado da gestão de incêndios”. Recomendou a criação de “um sistema de monitorização de alertas baseados em inteligência artificial”, a “utilização de drones para vigilância e intervenção mais rápida” e mais “faixas verdes de vegetação nativa resiliente ao fogo”.

José Carlos da Costa Velho reconhece que faltou meios no terreno. “Não é com 20 e tal homens que se inicia um ataque a um incêndio. Tem que ser com muitos mais”, criticando desta forma “a resposta tímida” nos minutos iniciais do fogo.

Este especialista defendeu mais meios aéreos de combate aos incêndios. “Penso que com dois helicópteros tipo Kamov a Madeira ficaria com os meios adequados à orografia da ilha, e com uma grande capacidade de resposta”. O helicóptero que existe “é insuficiente e não é o mais adequado para dar resposta a este tipo de eventos”, concluiu.

Na altura dos incêndios, José Carlos da Costa Neves foi crítico à gestão dos incêndios feita pelo Presidente do Serviço Regional de Proteção Civil, António Nunes, e pelo Secretário Regional de Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, tendo pedido a demissão destes dirigentes. “Aquilo que nós reforçámos nessa altura é que tem de estar na proteção civil quem percebe de proteção civil”, aclarou, enaltecendo, no entanto, as competências técnicas de António Nunes, que preside ao serviço regional. “Mantemos tudo o que dissemos no nosso comunicado”, lamentando que passado dois meses ainda não haja “um relatório sobre o que se passou com os incêndios na Madeira”.

O Sindicato Nacional da Proteção Civil defende que a Região precisa de aumentar para “o dobro” do número de profissionais, que trabalham na área da proteção civil, e de criar uma “estrutura de comando dos bombeiros, em permanência, no Serviço Regional de Proteção Civil”, como já existiu no passado.

 

Deputados enviam 93 perguntas a Miguel Albuquerque

No final desta audição, foram reveladas as perguntas a dirigir ao Presidente do Governo Regional da Madeira. São 93 perguntas colocadas pelo PAN, pelo CHEGA e pelo PS. Recorde-se que Miguel Albuquerque optou por responder por escrito à Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o «Apuramento de responsabilidades políticas no combate aos incêndios ocorridos entre o dia 14 e 26 de agosto», que está a ouvir várias personalidades sobre o fogo que lavrou com intensidade em vários concelhos da Madeira.

C.Inq.Incendios-José Carlos da Costa Velho 11.11.2024.mp3
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