O monumento à Revolta da Madeira de 1931, localizado no Largo Charles Conde de Lambert, na cidade do Funchal, recebeu, como habitual a 4 de abril, a cerimónia em homenagem à luta contra a ditadura.
O Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, presidiu ao ato comemorativo da Revolta da Madeira, onde considerou, “que vivemos um bom momento para discutir a Autonomia, numa altura em que se aproximam as legislativas nacionais, que acontecem a 18 de maio.”
José Manuel Rodrigues, afirmou que devemos aprender com a história e com a memória para defender a autonomia e a democracia, “é preciso voltar a reerguer a bandeira da Autonomia e isso passa por um pacto à volta do crescimento da mesma, numa revisão da Constituição que tem de ser efetuada”.
O Presidente do Parlamento regional defendeu ainda uma nova Lei de Finanças das Regiões Autónomas, que preveja os custos da insularidade por parte do Estado, o cumprimento do princípio da continuidade territorial e também o facto de o Estado poder capacitar a Região com novos poderes fiscais. “Este é o momento para todos lutarmos pelo aprofundamento da Autonomia da Madeira”, recordando que só assim se consegue que os valores de 1931 permaneçam no tempo.
A Revolta da Madeira voltou a ser assinalada com a deposição de flores junto ao monumento por parte do Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, do Secretário Regional das Finanças, Rogério Gouveia (em representação do presidente do Governo Regional) e a Presidente da Câmara Municipal do Funchal, Cristina Pedra.
De recordar que a Revolta da Madeira, também referida como Revolta das Ilhas, Revolta dos Deportados ou a Mornaca foi um levantamento militar contra o governo da Ditadura Nacional (1926-1933) que ocorreu na Ilha da Madeira, iniciando-se na madrugada de 4 de abril de 1931.
José Manuel Rodrigues - 04.04.2025 (áudio)