A Assembleia Legislativa da Madeira acolheu hoje, no seu Salão Nobre, a cerimónia de entrega da 5.ª edição do Prémio Emanuel Rodrigues, uma distinção instituída em 2020 com o objetivo de reconhecer personalidades ou entidades que se destaquem na valorização da Autonomia e da identidade regional, através de trabalhos nos domínios académico, literário, histórico, científico, artístico ou jornalístico.
O júri, presidido por João Carlos Abreu e composto ainda por Luís Filipe Malheiro e Carlos Silva, deliberou atribuir o prémio ao Doutor Lino Bernardo Calaça Martins, cuja obra dedicada aos inícios da Autonomia madeirense “constitui um valioso contributo para o conhecimento aprofundado da autonomia, incentivando à dignificação e exaltação dos madeirenses”, conforme sublinhado pelo presidente do júri.
A cerimónia ficou também marcada pelo lançamento da nova Coleção “Figuras”, promovida pelo IDEIA – Centro de Investigação e Divulgação de Estudos e Informação sobre a Autonomia. Esta coleção nasce com o propósito de preservar o legado de personalidades que marcaram o percurso autonómico da Região. A primeira obra é dedicada precisamente a Emanuel Rodrigues, primeiro Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira e figura maior na construção do regime autonómico.
No encerramento da sessão, a Presidente da Assembleia Legislativa, Rubina Leal, destacou a importância de continuar a refletir e a produzir conhecimento sobre a Autonomia, afirmando:
“A autonomia não é um conceito estático nem um direito adquirido para sempre – é um processo em permanente construção, que exige envolvimento, consciência histórica e compromisso cívico.”
A Presidente do Parlamento Madeirense aludiu à Coleção “Figuras”, que tem como primeira personalidade, precisamente o primeiro Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira que deu origem a este prémio e que por si só é motivo de evocação.
Rubina Leal referiu que “o percurso político e cívico de Emanuel Rodrigues lhe confere um lugar central na galeria dos fundadores da Autonomia – Não apenas pelo exemplar exercício do mandato em todos os momentos, mas igualmente pela forma como soube dar o lugar a outros. Honrar o seu nome através deste prémio é, pois, mais do que um ato simbólico – é uma responsabilidade que a Assembleia Legislativa assume com a consciência de que a memória é um dos alicerces mais sólidos da democracia e de construção da nossa História.
A cerimónia de hoje reafirma o papel da Assembleia Legislativa da Madeira como casa da democracia regional, promotora ativa da memória, do conhecimento e do debate público em torno da Autonomia.